sexta-feira, 24 de outubro de 2008

JOGO PASSIVO, QUANDO "VAI ABAIXO"?

Recebi um sms de um amigo a perguntar se uma equipa que está na iminência de jogo passivo sofrer uma falta, se o passivo acaba.

Claro que não. O passivo só acaba em situações muito específicas, e se a lei do passivo é subjectiva, e o conceito e aplicação variam de árbitro para árbitro, os factos que podem fazer com que o braço levantado a sinalizar jogo passivo "vá abaixo" são muito claros:


  1. Remate ao poste / trave da equipa atacante;

  2. Remate para defesa do guarda-redes, com a bola a voltar para a posse da equipa atacante;

  3. Sanção disciplinar à equipa defensora.

Por "sanção disciplinar" inclui-se o cartão amarelo. Não deixa de ser uma sanção. E friso isto porque muita gente não o entende assim.
Quando ocorre uma destas situações, então a equipa tem direito a organizar novo ataque, com mais tempo.


Nunca, em situação alguma, um time-out pedido pelo banco da equipa atacante (óbvio, só em posse de bola se pode pedir time-out) pode ser considerado motivo para baixar o braço. Há quem pense assim, de forma completamente errada.
Quando houver um time-out quando os árbitros estão de braço levantado, estes devem ter a preocupação de comunicar entre si para não se esquecerem de o levantar de novo instantes antes do jogo ser reiniciado. Treinadores com mais experiência pedem tempos de equipa nestas circunstâncias para ganhar mais uns segundos de ataque, mas os árbitros têm de pensar que o ataque tem de ser reiniciado nas mesmas condições em que foi interrompido.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Carlos Capela.
Queria apenas deixar uma questão relacionada com este tema.
Após "por o braço abaixo", numa situação de jogo passivo, os árbitros não têm tendência a ser menos permissivos na continuação desse ataque, levantando novamente o braço mais rapidamente do que se fosse o início desse ataque?
A minha experiência diz-me que sim, e às vezes basta dois ou três passes para assinalar novamente eminência dejogo passivo.
Parabéns pelo Blog.
Luis Rodrigues.