sexta-feira, 30 de julho de 2010

ENTREVISTA (1 de 4)

Enquanto não tenho conhecimento oficial das novas regras, que pretendo discutir depois aqui no blogue, e aproveitando também este período de férias/pré-época, deixo aqui cópia de uma entrevista que eu e o Bruno demos à APAOMA, também publicada no site da Associação.
O texto é quase 100% do que lá está, faço umas ligeiríssimas alterações, que poderão complementar o texto que lá está, mas serão muito, mesmo muito pontuais.
Deixo um agradecimento especial à APAOMA, e ao Alfredo Teixeira em particular.
Não deixo esta entrevista ao acaso. Não pretendo fugir ao tema "arbitragem", de forma alguma, estou apenas a revelar outra perspectiva diferente da análise às regras e às situações de jogo.

1 - Como vê a Arbitragem Nacional neste momento?

Estamos numa fase de transição, em que predomina a juventude. Não nos podemos esquecer que a categoria de Elite é constituí­da na sua maioria por árbitros com trinta e poucos anos ou menos, e apesar de muitos deles estarem há muitos anos na 1ª divisão, continuam a ser jovens. Faltam os nomes consagrados e aceites por todos, as referências, e isso só vai ser conseguido pelos árbitros de agora com o passar do tempo.

2 - Conte-nos como iniciou sua carreira de Árbitro.

Na altura eu era júnior do S. P. Oleiros e propuseram a alguns atletas a frequência do curso de árbitro. Sempre fui apaixonado pelo andebol, e a possibilidade de obter uma visão diferente do jogo agradou-me bastante. Foi aí que descobri a minha paixão pelas regras e pela condução de um jogo. Durante uma época fui árbitro regional, e as coisas acabaram por correr bem. Fiz dupla com o Nuno Cardoso, que entretanto deixou de arbitrar, e a minha primeira época no Nacional foi feita em parceria com o Francisco Barros, que entretanto também abandonou a arbitragem. Surgiu a possibilidade de fazer dupla com o Bruno, e à terceira foi de vez. Fazemos dupla desde 2001. O Bruno era atleta do Avanca, onde fez toda a sua formação de jogador, e foi aí que tirou o curso de árbitro, um ou dois anos antes de mim. Após algumas épocas no regional a arbitrar a maioria das vezes com o Hilário Matos, começou a fazer equipa comigo. O nosso percurso a ní­vel nacional tem sido feito sempre como dupla.

3 - Sua Associação Regional é participativa quanto à Arbitragem Nacional e Regional?

Sim, sem dúvida. Há poucos anos, quando estávamos a colaborar de forma mais activa na arbitragem regional, chegámos a fazer um curso com 82 formandos! Claro que muitos desistiram no fim do curso, mas aproveitámos efectivamente 40 a 45 árbitros. Actualmente há menos formandos, mas estamos a passar uma fase de subida no número de quadros de arbitragem. Temos 2 duplas de Elite e várias outras nos Grupos A e B. É possí­vel que nos próximos anos surjam novos valores em Aveiro.

4 - Como analisa actualmente a formação de árbitros, acha suficiente ou deveria haver mais acções de formação?

Mais, sem dúvida. Compreendemos que o calendário competitivo da FAP é apertadí­ssimo e as datas disponí­veis são poucas, mas é imperiosa uma formação constante em qualquer actividade que se quer manter actualizada. O trabalho nas Associações pode servir de complemento ao trabalho a nível nacional.

Sem comentários: